Nome “Cajati”
Significado = Árvore de folhas oblongas
Científico = Critocaya Mancciocana
Família = Laurácea
Popular = Canela Batalha
Botânico = Carvino Maineri
Fundação = 1930
Emancipação = 1991
Fundadores = Índio Botujuru e o português Matias de Pontes
Finalidade = Exploração da mata em busca de ouro
Meio de Transporte = Canoa
Fatos = Índio Botujuru morre de malária prematuro
Matias de Pontes constitui família e vive na Vila de Cajati
por 50 anos
Vestígios da denominação Tupi:
• Guaraú – “Que esplendido!”
• Inhunguvira – “Vale entre os montes”
• Cajati – “Árvore de folhas oblongas”
• Umuarama ou caminho de Umuarama: agloemração de pessoas,
povoado, lugarejo.
Localização = 230 km da Capital Paulista
Território = 453 km2
População = 35 mil habitantes
Economia = Agronegócio / Extrativismo Mineral
Riquezas = Jazidas Minerais – Apatita, Níquel, Água Mineral,
Cal, etc.
Histórico
História do Município de Cajati
Cajati está entre os três primeiros produtores de banana
nanica da região. A indústria extrativista e produtiva é a principal atividade
econômica do município. É o maior parque industrial do Vale do Ribeira,
responsável pela produção de cimento, argamassa, ácido sulfúrico e fosfórico,
fertilizante e ração animal. Além disso, oferece aos amantes da natureza a
possibilidade de visitarem locais belos e preservados.
A história do Município de Cajati tem a sua origem na segunda
década do século XIX, com a chegada, no Porto de Cananéia, de alguns jovens
portugueses, dentre eles, Matias de Pontes. Na sua busca por ouro, Matias e um
índio chamado Botujuru, foram desbravando e explorando a mata adentro, por onde
ninguém jamais havia passado. Para poderem caminhar precisavam abrir muitas
picadas, pois a Mata era muito densa e sua vegetação cruzava sobre o rio
estreito e profundo, impedindo, assim, a sua penetração. Daí surgiu a idéia de
construírem uma canoa para navegarem sobre o rio, que mais tarde chamaria
Canha. Logo descobriram que esse rio parecia um ribeirão, pois desembocava em
outro rio bem maior e mais fundo. Ao subirem o rio, encontraram uma bela
prainha, onde surgiu a idéia de montar um acampamento. Durante uma noite turbulenta
sob um temporal, tiveram que abandonar o acampamento às pressas, dirigindo-se
para o alto (esse lugar é atualmente a Praça Matriz de Jacupiranga).
A aventura continuou e desta vez, pelo rio adentro. Matias
queria conhecer a região, porém Botujuru, ao contrair maleita, veio a falecer,
sendo o primeiro ser humano a ser enterrado no lugar. Matias e outros
apossaram-se de duas glebas de terras: o acampamento e outra localizada rio
acima, onde havia uma pequena cachoeira, que por essa razão, passou a se chamar
Cachoeira (atual Cajati). Logo em frente, estava a Serra do Guaraú. Matias
prosseguiu as investidas nas proximidades do rio, colocando nomes nos lugares,
sendo Cachoeira o seu favorito. Para a canoa se deslocar, tiveram que abrir um
canal, hoje atual Cidade de Cajati , local em que Matias residiu por mais de
cinqüenta anos. Outros lugares forma denominados por ele e permanecem até hoje
com a mesma nomenclatura como: Pouso Alto: pelo fato de dormirem numa árvore
por medo de feras; Barra do Azeite: por encontrarem enorme pedra, na qual um
garrafão de azeite de mamona foi quebrado e ao se referirem ao rio, vinha a
lembrança do azeite derramado e Lavras: pelo fato de encontrarem vestígios de
pessoas que já haviam passado e lavrado uma canoa (era o termo atribuído,
quando se fazia uma canoa trabalhando a madeira bruta).
Na década de trinta, o Brasil tinha grande falta de cimento
e fertilizantes e suas necessidades eram atendidas por importação. A
comprovação de existência de calcário e apatita nas rochas de um vulcão
extinto, feita pelo Dr. Theodoro Knecht, levou o Grupo Moinho Santista que na
naquela época fabricava apenas tecidos, a pedir autorização ao Governo
brasileiro, para explorar o calcário das jazidas locais. Em 1938, foi-lhe
concedido o direito de lavra (exploração) de calcário e apatita no Morro da
Mina, iniciando no ano seguinte, as suas atividades. Foi necessário construir
uma estrada de ferro, que levasse a apatita da mina, pela margem esquerda do
Rio Jacupiranga, à sede do Município. Numa segunda etapa, era transportada até
ao Porto de Cubatão em Cananéia e, em seguida, levada em barcos até Santos,
para novamente por ferrovia, chegar a São Paulo.
Emancipação
Cajati foi elevado a categoria de Distrito de Jacupiranga em
13/06/1944. Em 19/05/1991, foi realizado Plebiscito para Emancipação
Político-Administrativa, tendo votação favorável de 95% dos eleitores. No dia
31/12/1991, o Diário Oficial do Estado publicou a Lei Estadual 7664, criando o
Município de Cajati.
Cajati está entre os três primeiros produtores de banana
nanica da região. A indústria extrativista e produtiva é a principal atividade
econômica do município. É o maior parque industrial do Vale do Ribeira,
responsável pela produção de cimento, argamassa, ácido sulfúrico e fosfórico,
fertilizante e ração animal. Além disso, oferece aos amantes da natureza locais
agradáveis, belos e preservados como a Barra do Azeite e o Salto do Guaraú. O cenário
composto de corredeiras naturais com águas cristalinas e a atmosfera de
lenitivo e frescor da mata virgem são um convite ao prazer e a alegria. Ainda
há cavernas e a cachoeiras do Bairro Capelinha e do Rio Bananal e a histórica
trilha de Lamarca e a Torre do Guaraú, que possui uma vista de toda a cidade e
grande parte de outros municípios, além da belíssima janela espacial noturna
oferecida aos amantes da astronomia. A Serra do Guaraú que já serviu de
plataforma para saltos de asa-delta é considerado um dos melhores pontos do
Estado de São Paulo para a prática do vôo livre. Confira alguns pontos
turísticos do município:
Dados do Município de Cajati
Data de Fundação........: -19/05/1991
População...................: -29.018 habitantes (2000)
Localização.................: -Vale do Ribeira
Municípios vizinhos.......: -Jacupiranga, Eldorado e Barra
do Turvo
Cidades mais próximas.: -Jacupiranga (13 km), Registro (44
km) Curitiba (189 km) e São Paulo (230 km)
Origem do nome..........: -Árvore de folhas obilongas
(Tupi-Guarani)
Emancipação política....: -19/05/1991
Agricultura...................: -Banana
Pecuária......................: -Pastagem
Industriais....................: -Bunge Fertilizantes,
Cimpor do Brasil e Fosbrasil S/A
Fatos Marcantes
Lamarca
Na década de 70 o guerrilheiro e desertor, líder da
Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) Carlos Lamarca fez de Cajati sua base
militar. No bairro de Capelinha, onde ainda hoje existem vestígios de sua
passagem.
A Banda
A Banda Municipal de Cajati, batizada de Banda Alessandro
Freitas Rodrigues (in Memorian), teve sua fundação no dia 24 de maio de 2004,
sob o decreto tendo como Secretário de Cultura, Luiz dos Passos e como Maestro
Crezeomar Pereira Alves. O processo de estréia se deu no dia 19 de maio de
2005, em virtude do aniversário de emancipação Político Administrativo.
O 1ºCartório de Cajati
O primeiro Cartório de Cajati foi aberto no ano de 1952 por
Joaquim Seabra em um ponto estratégico – funcionando no local onde hoje um
açougue – na Avenida Fernando Costa. O primeiro registro de nascimento foi de
Livina Farias em 12 de maio de 1952; já o primeiro registro civil foi de
Valdemar Antônio Gomes no dia 12 de junho de 1952.
Miguel Abu-Yaghi foi o primeiro Prefeito de Jacupiranga onde
Cajati era distrito.
Educação
Fundação da Escola do Bico do Pato (Bicão) E.E.P.G.
“Frutuoso Pereira de Moraes” se deu em 04 de fevereiro de 1976 pelo decreto
nº7.517.
Em maio de 1987 foi inaugurado o ramal ferroviário Juquiá -
Cajati, o primeiro carregamento ocorreu no dia 18 de maio de 1987, foram 13
anos de expectativa, nesta época eram duas cargas por dia, sendo 10 vagões com
140 sacos de cimento ou 420 toneladas. Carvão vegetal e enxofre também eram
transportados para Cajati, hoje a linha encontra-se desativada.
Cidade dos sambaquis
A trajetória fatos e histórias do Município de Cajati estão
intimamente ligadas e atreladas a vida e a historia do português Matias de
Pontes e do Tupi Botujuru que no século XIX se adentraram na mata em busca de
ouro e terras produtivas, onde por onde passara deixaram vestígios nos nomes
dos locais que sobrevivem até hoje como; guaraú, inhunguvira, cajati, timbuva,
Umuarama. Itapavossu etc...
Em 13 de junho de 1944 é uma data oficial de registro do distrito
de cajati, onde por indicação de político como Ivo Zanela do município de
Pariquera-açú, a antiga vila de Cachoeira passou a denominar assim. O nome de
cachoeira era uma alusão a uma pequena queda d’água situada no sitio de
propriedade de Casimiro Domingues e Silvério Lino, no Bairro do mesmo nome.
Em 1900, já registra presença de colonizadores de varias
imigrações de origem espanhola, como a de Angelina Carriel Figueiroa esposa de
Alfredo Ottonio Muniz, um conceituado Português, sem esquecer de presença de
imigrantes austríacos que não se tem registros oficial até o momento. De
difícil acesso, o transporte era feito a base de lombos de burros e canoas que
encontravam sempre pela frente as corredeiras tornando às vezes perigosa a
viagem.
O comércio
1943, com a ascensão do progresso extrativismo, o comercio
começa a se adaptar na Vila que recebeu Raul Ferreira Machado instalando ali o
primeiro comercio que se tem registro, sendo adquirido pelo seu ex-caixeiro
Vicente de Mattos, conhecido com Vicente Capoura, onde permaneceu e fez
história por varias décadas, fornecendo alimentos para os remanescentes do
local e funcionários que se instalava no Distrito onde pagavam suas compra com
o vale fornecido pela empresa na época denominada de BORO, seu Anago de Moraes
chegou em Cajati nos meados de1949, com um armazém e um açougue, hoje é uma das
figuras vivas da nossa história onde ainda mantém o comercio com as mesmas
características de dantes. Dona Vanda sua esposa o caixeiro Osmar conhecido
como neguinho, não poderia ficar esquecido.
A Escola
A história de seu Vicente vai mais além, onde sua esposa,
Dona Maria Barnabé de Mattos, foi a fundadora da Primeira sala de aula
conhecida nessa história sendo ela também funcionária da companhia, registrada
como auxiliar de escritório.
Ainda nesse ano a farmácia do seu Carlos Guerra era o único
referencial para a aquisição de medicamento e auto consulta.
Ocupação Industrial
No outro lado do rio Jacupiranguinha, atrás da casa do
saudoso Antonio Godêncio, estava uma humilde casinha marcada ainda hoje por um
pé de jabuticaba que abrigava um dos primeiro administrados da fabrica
conhecido por Antônio de Souza e sua esposa dona Maria de Souza proveniente de
São Paulo. Sendo o incentivador da fé católica, responsável pela tradição da
festa de 13 de Junho, onde através de sua imposição determinou que se
comemorasse o seu aniversário, do Distrito na época e do padroeiro que levava o
seu nome também a missa era ministrada pelo Padre Victoriano Badia, a paróquia
teve sua data inaugural em 26 de junho de 1984.
Oleiros e Ceramistas
A história da cerâmica no município é antiga onde os
habitantes mais remotos já utilizavam a melhor argila do Estado de São Paulo.
Para confeccionar seus utensílios e para destacar algum desses artistas,
registramos um dos mais populares que leva em sua forma a letra LL de Luiz de
Lima, conhecido como Luluca, esposo de dona Ângela de Lima; da linhagem de
Mathias de Pontes. PL, tijolos de Pedro Lourenço e lembramos que os tijolos LL
fizeram parte das construções da Vila Residencial Serrana. onde o atual
Prefeito Marino de Lima foi o grande auxiliar.
Charretáxi
Quem não se lembra da charretáxi, a popular condução que
levava pessoas e principalmente as compras para lugares pertos e nos mais
distantes sítios, o Sr. Manoel Pereira dos Passos, o popular sêo Manequinho
marcou uma geração, que transportava, além das compras, suas filhas e seu
filho; na década de 70.
A Estrada
A vida do cajatiense ainda era difícil devido o acesso, até
que o governador Ademar de Barros liberou a construção do acesso ainda precário
na época mas tirava a dificuldade de ter que transitar pelo rio com mercadorias
e até mesmo com passageiros, lembrando da passagem deste fato, era do canoeiro
que ir na época que antecedia a entrada do comercio em cajati, contam; se fazia
uma listas dos produtos e lá ia ele comprar desde agulha até escrituras de
terreno.
O 1º Carro
Um fato curioso na época foi patrocinado por Rui Ferreira
Machado, quando adquiriu o primeiro carro visto no distrito, um chevorlet ano
51, após veio o pau de arara, também conhecido por carro tórda ou toldo.
Pertencente a Serrana, utilizado para transportar funcionários e estudantes,
onde tinha como motorista; Ramiro, Dácio, Getulio...
Em Jacupiranga a jardineira de Rui Janon era um outro
atrativo, alem de um meio de transporte.
O Cajatão
Hô Gente, era um bordão usado e utilizado por todos que
queriam imitar o seo Raul inspetor do grupo escolar, Hoje colégio Celso Antônio
(Cajatão) Dona Doracina Abrão, enfim são tantos nomes que fizeram de Cajati a
nossa história. A criação do grupo escolar teve tal fundação no dia 03 de
janeiro de 1963 decreto lei 41348, sendo o seu diretor Professor Aquiles
Saracura, sediada já na época pela empresa local.
Religião
O Bairro de Lavras foi o primeiro a receber uma igreja
evangélica sem a batista, pioneira em 1935 já em 1945 na residência de Ernesto
Lino de Matos no bairro de cachoeira, tomou forma, onde se reunia funcionários
para cultuar, em 29 de junho de 1951, fundou-se a primeira igreja batista de
Cajati no bairro do Parafuso, bairro este que ganhou o nome devido um grande
parafuso pendurado na porta do estabelecimento do seo Cristalino Batista.
Serrana
Na década de 30, foi detectada a ocorrência de apatita no
morro do cata agulha, (vulcão extinto) pelo instituto geográfico e geológico do
estado de São Paulo liderado pelo engenheiro Theodoro Knetch, em 1932 fundou-se
a Serrana S.A. de mineração com contrato de arrendamento com direito de
explorar a lavra.
Revolução de 1932, no Pouso Alto
A Revolução de 32, entre os paulistas e os paranaenses, foi
uma das passagens mais dramáticas, conta o remanescente João Lima; que viu seus
bens sendo destruídos pelos revolucionários que matavam as criações e saqueavam
alimentos do povo de Cachoeiras. O cenário da tragédia e destruição se deu onde
hoje ainda permanece uma Rua de Palmeiras no Bairro do Pouso Alto, local este
denominado pelo fato de ser refúgio de exploradores de ouro, que se esquivavam
dos impostos e usavam este atalho no Alto Refúgio do Pouso Alto onde hoje
comporta um cemitério, que na época foi construído para indigentes, e os que
tinham condições eram sepultados em Jacupiranga.
Fonte: DEPTO CULTURA